segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

AINDA HÁ CENSURA?

 

 

CENSURADO

 

Muitos lutaram contra a censura na era da ditadura militar e nos dias de hoje, após vermos, lermos, ouvirmos falar sobre estes dias sombrios, ainda há a tal censura. Não aquela que é explicita, mas as veladas.

Quando criamos este blog foi para tão somente ser um espaço onde os artistas da região grapiúna pudessem usar como palco de discussões e publicidade dos seus afazeres artisticos.

Ledo engano, se alguém ainda não tinha feito tal coisa é porque não vale a pena, sabia que há um submundo das artes de Itabuna que se insurgiria contra.

Quando publicamos a entrevista com Fernando Caldas, observamos que o conteúdo vinha carrregado de críticas, mas na nossa santa inocência de imbecil, imaginamos que simplesmente os condolídos, certamente haveria, usariam este mesmo veículo para refutar as idéias do citado.

Recebemos alguns e-mails e entre eles até sugeriram que tirássemos a entrevista, mas os que não fizeram tal proposta, apenas tiraram o apoio e sorrateiramente nos mandaram um recado, ou seja, não entrem neste ninho de cobras.

Neste mundo de fofocas, dise-me-disse e egos inflamados não temos a capacidade de imergir, portanto: Agradecemos a todos os artistas que nos ajudaram a tocar este blog, aos que entenderam a idéia e também aos que nos apoiaram.

Estava sendo salutar para nós e uma diversão proveitosa, mas este não é um bom caminho, fazer com que o blog seja um motivo de discórdia e não podemos nos apequenar nas atitudes.

Aos que não entenderam e cortaram o apoio também agradecemos, crescemos como seres humanos.

Infelizmente é assim, a censura ainda vive.

Se existir ainda entre os seres alguém que nos mande informações sobre suas vidas artísticas continuaremos a postar, senão o blog morrerá como nasceu em um insight.

Um abraço a todos.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

ENTREVISTA: FERNANDO CALDAS.

Seguindo a trilha das entrevistas com artistas de itabuna, temos a satisfação de publicar a pequena entrevista virtual com FERNANDO CALDAS.
Filósofo, Cantor, Compositor e Escritor, Fernando Caldas é natural de Salvador. Professor e Mestre em Meio Ambiente. Foi co-fundador do Grupo Ambiental Grama, da Fundação Pau Brasil, do Núcleo de Ciências Agrárias, da UESC, da Associação Itabunense de Artistas e da Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania. Tem onze cds lançados, entre coletâneas e individuais e está gravando o seu novo CD, "Paz Profunda". Autor do livro "Amor que Mata".
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AI - O que falta para termos um núcleo artístico forte na nossa cidade e região?
FC - Segundo nossa Constituição Federal, o estado tem como obrigação o apoio às artes e às manifestações culturais. Todos os governos municipais têm sido omissos, nesse particular. Os recursos para a FICC ou para Fundação Cultural de Ilhéus são ridículos. Nos demais municípios da região não existem subsídio qualquer. No âmbito da iniciativa privada a situação é também vexatória. O empresariado da região é composto basicamente por pessoas tacanhas e ignorantes esteticamente, logo, por mais projetos que se façam - Rouanet, Faz Cultura etc. Salvo raríssimas exceções, o artista encontra sempre uma ampla e irrestrita falta de apoio. A região não possui também nenhum produtor cultural. Existe apenas a figura do comerciante de arte, agenciando atrações de outros centros com o único objetivo de ganhar dinheiro. A melhor opção do artista sulbaiano é ir embora, nos próximos 50 anos a situação tende a não melhorar. Porque milagres não acontecem e nenhum planejamento estratégico está sendo feito para que as coisas mudem.
AI - Como é a cobertura dos meios de comunicação? Há espaço para o artista grapiúna?
FC - A imprensa normalmente é generosa com os artistas. Na década de 1990, a FM Morena ganhou muito dinheiro com os cantores e compositores locais, algumas canções chegaram a liderar as paradas de sucesso. Foi uma coisa extraordinária, mas excepcional. Num modelo capitalista de mundo só vale quando há lucro, mercado e outras categorias afins. Porém, Ramon Vane não é lucrativo, nem Azulão Baiano, nem Zélia Lessa. Alguns, como Emerson Mozart, têm tentado atingir o mercado produzindo música inferior ao talento que possuem. Há também os artistas oficias, apoiados pela burguesia, como Marcelo Ganem e Valdirene Borges. O apoio da imprensa, entretanto, não faz parte de um procedimento estipulado pelas empresas de comunicação, é antes uma "generosidade", um "favor" que se presta. Voluntariamente tais jornalistas e empresas sequer frequentam os eventos locais. Aproveito o espaço para uma reflexão sobre o completo descaso da comunidade de professores da UESC com as artes e a cultura local. Chegam do sul/sudeste do país, alugam suas casas à beira-mar e ignoram completamente a sociedade que paga seus salários, através de impostos. Acadêmicos omissos e que só cuidam dos próprios umbigos, nenhum projeto sequer constroem visando alguma inserção, não vão aos espetáculos, são uns ignorantes em antropologia grapiúna. E a UESC fica pousando de importante por ter tais profissionais em seus quadros. Muita gente que tem arregaçado as mangas e trabalhado pela região não tem espaço na Universidade. Pobre UESC!
AI - A produção musical na região tem lhe agradado? Se sim, quais os artistas que ouve atualmente e tem alguma novidade que queira nos indicar?
FC - Pessoalmente eu não gosto nem do que faço. Não vejo novidades, porque novidades são difíceis de se construir. Ouço muito pouca música, quase nada. Quando ouço, é só João Gilberto, Jorge Benjor, Bonga Kuenda e Maria Bethânia, às vezes Diana Krall. Mas, nossa região tem grandes talentos, como Emerson Mozart, Marcelo Ganem, Fabiano Carillo, João Veloso, Luiz Coelho, Cláudio Gesteira, Ari PB, Kokó, Silvano, Fernando Guimarães, Jan Costa e a galera toda que faz Barzinho. Natália Roux e Adilson Nascimento são ótimos intérpretes. E tem gente como Sabará, Zélia Lessa, Edmar Tommy que fazem música de verdade. Olhe, musicalmente nós somos acima da média.
AI - Voce já participou de muitas coletâneas e já lançou onze CDs. O artista Grapiúna tem que sair daqui para gravar? E como distribuir este material?
FC - Com as novas mídias tudo se modificou. A região não possui nenhum estúdio num padrão profissional. Nossos estúdios são todos amadores. Porém, o custo de gravação num estúdio de ponta, como o "Ilha dos Sapos", em Salvador, chega a 50 mil reais, muito elevado para nossa realidade. Então, acabamos por gravar aqui mesmo e o resultado nunca é bom. A divulgação, sem dúvida, é um grande problema. O ideal é piratear a própria obra e sair vendendo pelos bares e praias. Em Itabuna, entretanto, há um rapaz chamado Adilson Vieira que deveria estar trabalhando em estúdios do Rio ou de São Paulo, pois é extremamente talentoso em produção musical.
AI - E o teatro, as artes plásticas, como está em nossa região?
FC - O teatro, dentre os gêneros artísticos, é o mais fraco de todos em nossa região. Em Ilhéus e Itabuna, hoje em dia, faz-se um teatro muito fraco, extremamente amador. Aqui, já houve uma geração maravilhosa de atores, alguns deles ainda moram na região, porém, cansaram de fazer teatro. Eva Lima, por exemplo, é uma atriz de nível elevadíssimo, poderia estar trabalhando em qualquer lugar do mundo. O mesmo vale para Alba Cristina e Ramon Vane. Tive a sorte de trabalhar com todos eles, e mais Carlos Betão e Jackson Costa. Hoje, porém, muito embora o heroico esforço de Iara Lima e Sílvia Smith (que é também uma ótima atriz) está muito difícil identificar e trabalhar bons atores. Lucas Alves é bom também. Nas artes plásticas há gente muito boa. Posso citar alguns, mas vou esquecer-me de outros. Adoro Zebay, Santal, Matheus, Aldenor, Jorge, Conceição Portela, Valdirene Borges, Renart, Osmudinho Teixeira, todos possuem padrão internacional. Temos ainda Souza, um patrimônio nosso do artesanato, além de um escultor chamado Davi (esqueci o sobrenome) que precisa ser descoberto e valorizado. Tive a honra de ser amigo do grande Walter Moreira. As grandes meninas da dança, como Dayse, Mara e Railda. Tem ainda os multimídias, Walmir do Carmo, Jailton Alves e Zélia Posidônio. com certeza ainda esqueci muita gente boa. rs.
AI - Você lançou um livro "Amor que Mata". Os escritores grapiúnas andam "bem na fita"?
FC - A região cacaueira sempre teve como carro-chefe a literatura. Após um período de latência tudo indica que entraremos numa fase de novos escritores. Agora, ser escritor na terra de Adonias e Jorge exige muita responsabilidade, não é mesmo? Hélio Pólvora, Telmo Padilha, Ciro de Mattos, Valdelice Pinheiro, Ariston Caldas, Gilnunesmaia, Sosígenes Costa possuem um talento universal. Numa geração mais recente há muitos talentosos também, como Genny Xavier, Kleber Torres, Gideon Rosas, Iolanda Costa, José Delmo, Dimas Braga, Aldo Bastos, dentre outros.
2AI - Divulgue sua agenda e projetos futuros.
FC - Estou em fase de pré-produção do meu próximo CD, chamado "Paz Profunda" e ainda esse ano lançarei "Amor que Mata", meu primeiro livro. Também pretendo realizar pelo menos um show até o final do ano.

FERNANDO CALDAS - O VINGADOR
AI – Agradecimentos:
FC - Parabéns a vocês pela iniciativa do Blog. Quem sabe o projeto não possa crescer e vocês possam vir a produzir eventos que nos envolvam a todos.


AI – Agradecemos ao Fernando Caldas pela sensibilidade de nos atender e responder a nossas perguntas.
Aproveitamos e convidamos aos artistas de Itabuna e toda a região a participarem deste blog que tem como único objetivo divulgar as idéias, agenda, trabalho dos artistas, etc.
Infelizmente há uma crítica forte por conta da falta de apoio por parte dos meios de comunicação, mas com esta nova linguagem, o artista tem que se divulgar e aqui é um bom lugar, pois não há fins lucrativos.
“Para ter apoio, temos que merecer.”


OBS: Fernando Caldas
  • Esclarecimento
    Amigos, já há algum tempo era para prestar um esclarecimento. Mas, ainda é tempo. Na minha entrevista, quando citei o fato de em Itabuna não existir a figura do produtor cultural me referi ao modelo norte-americano, quando os artistas dispõem de um agente que cuida de suas carreiras diariamente. Essa lacuna não ocorre apenas em Itabuna, mas em todo Brasil. Esclareço tal fato por que da forma como pus acabei sendo injusto com alguns produtores regionais que vêm abrindo espaços importantes para artistas locais, como é o caso de Beto Produções. Além dele acabei omitindo o excelente trabalho que Ari Produções vem prestando para a cultura local, através de produções teatrais e musicais (inclusive o meu "Show de Despedida", o de Marcelo Ganem, o Festival de Monólogos e muitos outros). Sempre tive uma admiração pela sensibilidade de Ari e sei perfeitamente do seu engajamento com os movimentos artísticos regionais e baianos. Agradeço pelo espaço para as correções e mando um abraço a Ari e Eva com minhas sinceras desculpas.


 ATENÇÃO
Os idealizadores do Blog informam: As declarações contidas nas entrevistas são de total responsabilidade das pessoas que cederam a entrevista virtual. Não cabe a nós do blog mediar qualquer discussão e nem acalentar nenhum tipo de picuinha, mas nos sentimos na obrigação de expor a opinião dos que se sentiram criticados e/ou ofendidos e esclarecer qualquer mal entendido.
O que vem a seguir é um texto recebido em nosso e-mail retrucando uma declaração do entrevistado Fernando Caldas.



Me causou uma grande surpresa uma declaração do tocador de violão Fernando Caldas, quando disse textualmente ao blog Artistas de Itabuna: "A região não possui também nenhum produtor cultural. Existe apenas a figura do comerciante de arte, agenciando atrações de outros centros com o único objetivo de ganhar dinheiro".  já que para produzir o seu Show de Despedida o " comerciante de arte e agenciador de atrações de outros centros" serviu. Até hoje, não recebi um centavo pelo trabalho que eu e meu sócio José Carlos Almeida fizemos.
É preciso que as pessoas tenham respeito pelos profissionais que fazem um trabalho sério. Não tenho a intenção de exibir meu currículo, mas diante do exposto, gostaria que os leitores do blog Artistas de Itabuna, veículo onde foi publicada a matéria, entrasse em meu blog e verificasse minha biografia, checando assim, as informações que ali estão, se são verdaderas ou falsas (biografia).
Posso até, depois de doze anos fazendo produção em todo o Brasil, não ser um produtor cultural, mas também, não preciso inventar subterfúgios para angariar fundos para me manter.
Espero que Fernando Caldas, tenha pelo menos a decência de ir embora, pois vê-lo vagando pela Av. do Cinquentenário, é deprimente para as pessoas que pagaram ingressos para ver o "Show de Despedida".

Ari Rodrigues
Produtor Cultural
Sated-Ba- 2369




quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

DIRETO DA INGLATERRA: CLAUDIO KRON DO BRASIL

MORANDO DESDE 1996 NO REINO UNIDO, O PERCUSSIONISTA, DANÇARINO, COMPOSITOR CLAUDIO NÃO SE ESQUECE DO BRASIL E ESPECIFICAMENTE DE SUA ITABUNA, TANTO QUE APRESENTA UM SHOW, QUE JÁ FOI POR VÁRIAS PARTES DO MUNDO, INTITULADO PAPAJACA. SEMPRE CITANDO O SEU MESTRE SABARÁ E OUTRAS INFLUÊNCIAS, ELE FAZ UM LINK COM SUAS RAÍZES GRAPIÚNAS.
QUEM NÃO CONHECE, CONHEÇA, QUEM JÁ CONHECE, MATE AS SAUDADES.
A.I. TEM A SATISFAÇÃO DE ENTREVISTAR: CLAUDIO KRON DO BRASIL


 

AI – NESTE PERÍODO QUE VOCÊ ESTÁ FORA DE ITABUNA, MESMO COM A INTERNET, O QUANTO É DIFÍCIL ACOMPANHAR A VIDA ARTÍSTICA DE ITABUNA?
CK - Muito obrigado por fazer contato
Em primeiro lugar gostaria de agradecer falta de apoio que é o empurrão vital a nós artistas. Para acreditar em nós mesmos e embarcar nessa jornada que não é brincadeira! “Fazer com nossas próprias mãos!”
Entrar em contato com os artistas de Itabuna e difícil sim porque Itabuna não tem uma vida artística, tem sim um monte de artistas altamente fabuloso, talentoso (que me deixa dizer que o talento está lento...). Vivemos como escravos de uma sociedade que com tanta cautela e ignorância consegue nos dividir e desiludir. (dividir para conquistar ).
De fora vejo e quando vou visitar a minha terrinha noto que não tem nenhum trabalho para os artistas. Os artistas de Itabuna não precisam de ajuda e sim respeito e credibilidade. Existe tanta falta de imaginação e projeção. Porque tudo que é bom só vem de fora. O que vem de Sampa, Rio ou talvez Salvador. Não consigo ver nada que possa beneficiar diretamente os verdadeiros artistas de Itabuna. O mais engraçado é que em Salvador vários artistas, que atuam lá, vem do interior (Tom Zé, Gil, Caetano etc.) Artista de Itabuna é um titulo muito pequena para quem tem uma gana de fazer parte do mundo. Somos artistas universais que podemos também fazer algo em Itabuna. Não desmerecendo quem fez algo para nós. Não vou mencionar nomes aqui.

 

AI – O QUE VOCÊ GUARDA DE BOM, ARTISTICAMENTE, DE ITABUNA E QUE TE FEZ O ARTISTA QUE VOCÊ É HOJE?
CK - Tudo, até a falta de apoio que não é bom! Mas me deu coragem de não ficar no mesmo lugar como disse o Raul Seixas (Escancarado esperando a morte chegar!). Mas, de verdade é tudo mesmo: Do Roni do Sonho a meu Mestre Sabará, Mario Gusmão, Iolanda Lima, Alba Christina, Zé Henrique, Genny Xavier, Zenon, Pingo, Joao Veloso, Marcelo de José (lá no céu), esses são verdadeiros embaixadores de nossa região. Também são referencias que tenho e que formou o Claudio kron do BRAZIL, também conhecido aqui na Europa como: PAPAJACA. Hoje sou artista e nasci da falta de apoio, desconforto e raiva, porque nós artistas somos promotores da transformação. O que tem essa força, às vezes amedronta algumas mentes dementes. Mas ninguém vai roubar a minha felicidade ou a tua depende de nós também. Tem gente que acredita até no tijolo. 


 

AI – NOSSA MÚSICA TEM MUITO DE PERCUSSÃO E AI, O PERCUSSIONISTA É VALORIZADO COMO DEVE?
 
CK - A percussão é um dos instrumentos mais antigos inventados pelo homem. Então a percussão faz parte da maioria das tradições de cada nação. Cada um com o seu cada qual. Uns com mais e outros com menos.
A Inglaterra como um pais de primeiro mundo ( Até quando?), investe em todo tipo de musica percussiva ou não. As pessoas aqui são tão entusiasmadas com o nosso ritmo e cores, que as vezes eles conseguem mais informações que nós brasileiros não conseguimos por a mão. As pesquisas individuais e o interesse e às vezes a facilidade. Mas a gente tem tudo ai, a matéria prima vem dai. Respondendo a tua pergunta! Depende se ele precisar de você ou do seu trabalho ou não! 


 

AI – TEMOS GRANDES MESTRES DA PERCUSSÃO NO BRASIL, COMO NANÁ VASCONCELOS, CARLINHOS BROWN... QUAIS OS CARAS QUE TE INFLUENCIARAM NA CARREIRA? 
 
CK - Minha influência vem de casa minha mãe Nanucia Lima Santos ( Dona Milu ) adorava tudo que é de bom ( Deus a tenha ) me deu um Berimbau quando tinha 9 anos de idade, Jose Augusto Damasceno ( Seu ZÉ ), O Pai dos meninos da Banda James, Sabará, Roni do Sonho...
Ai depois um cara chamado Repolho que por incrível que pareça é meu amigo agora. Ele era músico de Alceu Valença e Gilberto Gil. Esses caras apareceram numa época muito fundamental. O Naná é rei em qualquer lugar. O trabalho do Naná é inconfundível, no Berimbau, mestre. O Carlinhos Brown e magnifico e a nossa referência fora do Brasil e um inovador e articulador incomparável. Tive o prazer de encontrar os dois. Mas a minha influência vem mais de Elomar Figueira de Melo que será o nosso Beethoven daqui a 200 anos, Iron Maiden, Metallica e a Cabo-verdiana Cesaria Évora que canta em Português Criolo.


 

AI – O QUE O CLAUDIO KRON ANDA FAZENDO, ARTISTICAMENTE?
 
CK - Gravando, Fotografando, Filmando, Dançando, Tocando e reclamando e projetando e sonhando em Acarajé.

AI – QUAIS AS EXPERIÊNCIAS VIVIDAS POR VOCÊ EM OUTRO PAÍS PODEM SERVIR DE AJUDA AOS ARTISTAS DE ITABUNA?
 
CK - Todo lugar é igual, pois somos o mesmo tipo de bicho, mas a língua troca, a tradição e a cultura. Somos feito de carne o osso e a nossa cultura e tradição é o que faz o artista que sou. Aqui tem muito gente boa e acadêmica! Mas às vezes falham no molejo, jogo de cintura, carinho amor e paixão Eu gostava tanto de Itabuna que tive que vir embora, senão iria odiar. Sumir para aparecer!
Mande um barquinho desse ai chamado caiaque...
Vá lá, no conde Badaró ele empresta um. 


 

AI – ONDE VOCÊ VIVE HOJE O PATROCÍNIO E A DIVULGAÇÃO SÃO MAIS FAVORÁVEIS AO DESENVOLVIMENTO DA ARTE OU TEM QUE RALAR IGUAL AQUI?
 
CK - Ralar é até bom uma hora a gente goza... Rsrsrs
Existe sim um patrocínio, mas prevalece mais a quem está na cartas marcadas. É tudo uma M**da só. Rsrsrsrsrs
O que rola é que o artista aqui tem que saber de: Negócios, marketing, projetos ou ser 90% burocrático também, senão somos engolidos como disse o nosso Carlinhos Brown.

 
AI - ALGO QUE NÃO FOI PERGUNTADO, MAS QUE GOSTARIA DE ACRESCENTAR?
 
CK - Quando é que Itabuna vai me importar de volta? Só para uma tocadinha com meus irmãos e irmãs...




AI – AGRADECIMENTOS:
 
CK - Ao pensamento positivo e todas as pessoas que de uma forma ou outra acreditaram e acredita na transformação que cada indivíduo poderá fazer. Vamos fazer este mundo melhor. O Brasil há muitos anos está com a economia que mais cresce no mundo, no entanto no jornal diz que o Brasil está fornecendo matéria prima à China que polui grande parte desss nosso mundo. Vai entender...

Agradeço a Santa Internet.

Muito AXÉ, papaJACA, Claudio kron do BRAZIL
 
www.drumming4business.com
www.claudiokron.com
www.brazilianculture.co.uk
www.myspace.com/claudiokrondobrazil



 

Agradecemos a Claudio Kron, que teve a sensibilidade de nos atender. Que pena que os artistas que ainda estão em nossa região não tenham a mesma sensibilidade (Só alguns poucos, ainda bem...).
A vida deste blog depende dos artistas, o ponta pé inicial foi dado agora a "Pelota" está com os artistas.
Se não enviarem material ou responder nossa mini entrevista virtual, nada poderemos postar.
Abraços...

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

ENTREVISTA SILVANO GONZAGA.

 

 

SILVANO GONZAGA E CARLA VALÉRIA            SILVANO GONZAGA E CARLA VALÉRIA

            AS VEZES DÓI                                                   PRAZER SEM FIM

GAROTA DE IPANEMA,SILVANO GUITAR,MARCIO THADEU TECLADOS,SANDRO LIMA SAX E DAMIÃO

A entrevista da vez é com um cara que veio de fora, mas já foi adotado por toda a cidade como itabunense, pois é figura carimbada nas noites e festas da região. Ele com seu violão e com sua verve aguçada traduz tudo que é ser um cancioneiro de primeira qualidade.

Ele mesmo se apresentará a todos que porventura não o conheça, mas que com certeza o conhecerá artisticamente em nosso blog.

MEU NOME SILVANO GONZAGA DE ARAUJO. NASCIDO EM SALVADOR E CRIADO EM INTERIOR, MOREI EM RIACHÃO DO JACUIPE E NA CIDADE NATAL DO MEU AVÔ QUE ERA O MAESTRO ANTONIO GONZAGA. A CIDADE SE CHAMA SANTO ANTONIO DAS QUEIMADAS, NESSAS IDAS E VINDAS DE BANDAS, VIM PARA ITABUNA EM 1991 PARA TRABALHAR NA LENDÁRIA BANDA SOLLO, DEPOIS, EM 1998 FUI MORAR EM GOIANIA (GO) ONDE GRAVEI UM CD COMO CANTOR E ADQUIRI GRANDE EXPERIÊNCIA COMO VIOLONISTA E CANTOR. HOJE SOU PROFESSOR DE VIOLÃO CLÁSSICO E POPULAR E DOU AULAS DE GUITARRA. BANDAS E ARTISTAS QUE EU JÁ ACOMPANHEI: SIMONE MORENO, FABIO SOUSA, IVO PESSOA, ANDRÉ LÉONO, FABIANO CARILLO, BANDA FONTE LUMINOSA DE FEIRA DE SANTANA, BANDA SOM LIVRE DE FEIRA DE SANTANA, BANDA SOLLO, BANDA LORDÃO, BANDA XEK-MATTE E BANDA CONSTELAÇÃO ENTRE OUTRAS E OUTROS ARTISTAS.

 

Silvano Gonzaga (23)

AI - VOCÊ SE DESTACA POR SER UM ÁS NO VIOLÃO, MAS ALÉM DESTE INSTRUMENTO VOCÊ DOMINA OUTROS?

SG - Pô!!! Quero agradecer pelo ás e sonho um dia chegar perto de ser um! Rsrsrsrs

Além do violão eu tento tocar guitarra que adoro, bandolim e cavaquinho, já que eu sou apaixonado por choro.

Silvano Gonzaga (29)

AI – A PERGUNTA CLICHÊ: A SUA PAIXÃO POR MÚSICA VEM DE BERÇO? (você é irmão de Juba que é outro excelente(íssimo) violonista)

SG - Vem de berço sim, tanto que eu vou mandar uma foto pra vocês quando criança com o violão no colo. rsrsrs Juba aprendeu violão comigo, eu tentando ensinar ele a tocar violão do jeito que eu achava certo e ele canhoto me mostrou que na música o importante é a força de vontade, por isso que ele se tornou o músico que é hoje.

Silvano Gonzaga (15)

AI – COMO GERENCIAR A CARREIRA DO ARTISTA QUE SE APRESENTA NA NOITE?

SG – Olha, falando especificamente da nossa região, que é a que eu trabalho, precisa de um bom jogo de cintura pois não é fácil viver de música trabalhando em bares , casas noturnas, onde se cobra R$ 2,00 de couvert, o mesmo é repassado para o músico e grande parte das pessoas que frequentam resiste em pagar esse valor. Lógico que toda a regra tem exceções, mas acredito que aos poucos essa realidade vai ser mudada.

Silvano Gonzaga (25)

AI – EXISTE CAMPO MERCADOLÓGICO PARA O ARTISTA LOCAL MONTAR BANDAS E SOBREVIVER DA ARTE?

SG - Ele pode até montar Banda e viver da Arte, mas precisa de um bom esquema de trabalho contando com empresários, radialistas, marqueteiros, etc. E divulgar o seu trabalho começando em Salvador ou em alguma metrópole, mas acreditar só na região eu não acredito.

Silvano Gonzaga (17)

AI – A IMPRENSA PRESTA A ATENÇÃO NOS ARTISTAS DA CIDADE?

SG - A imprensa presta atenção e da o devido valor as bandas que já estão ralando há muito tempo e são dignas de todo mérito que são: BANDA LORDÃO E CACAU COM LEITE. Agora há tantos artistas da noite e do teatro, que são pra mim, artistas de conceito nacional e internacional e eu não vejo o mesmo entusiasmo.

Silvano Gonzaga (20)

AI – QUAL A PERGUNTA QUE NÃO FIZ, MAS QUE GOSTARIA DE RESPONDER?

SG - Foi essa: Qual das duas coisas você mais gosta de fazer: Tocar ou cantar?

SG - Sempre me vi músico, mas sempre gostei de cantar, só encarei o canto a vera quando fui à Goiania e gravei meu primeiro disco como cantor, muita gente gostou e me incentivou, uma delas foi meu pai que até hoje eu levo comigo em alguns eventos e ele fica emocionado. Hoje eu canto e toco mais do que antigamente quando eu só era o instrumentista.

 

MARCO AURELIO , SILVANO GONZAGA E SANDRO LIMA NO SAX

 

AI – AGRADECIMENTOS.

SG - Quero agradecer a todos vocês do blog maravilhoso e que tem desde já contribuído de maneira impar com a nossa classe artística, muito obrigado e um grande abraço a todos.

 

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sábado, 19 de fevereiro de 2011

ENTREVISTA –THIAGO NOGUEIRA

“Desde muito cedo, o baterista Thiago Nogueira já se dedicava aos estudos. Com 8 anos de idade o músico teve seu primeiro contato o instrumento musical. Aos 15, já tocava profissionalmente e foi com essa idade que Thiago Nogueira participou da sua primeira banda de Heavy Metal, a então Scrupulous. Foi com ela que o músico fez o seu primeiro trabalho em estúdio, um split-CD chamado Death of Glory, o qual foi lançado pela Heavy Metal Rock Records, da Sony Music.”  Conheçam mais neste endereço  - http://artistasdeitabuna.blogspot.com/p/radio-brown.html
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Hoje o AI tem mais um papo virtual com um músico que querbra tudo, literalmente, ele é batera e hoje reside em Salvador, mas tem suas raízes em Itabuna e região e faz questão de manter este elo.
Conheçam mais de THIAGO NOGUEIRA ou simplesmente Tiagão.
AI – Sabemos que a vida é dura para o artista, mas como anda a vida do músico na cena artística da Bahia?
TN - Há muito tempo me preocupo com o futuro dos músicos baianos. O maior problema é que na Bahia, existem muitas vertentes musicais, mas, nenhuma de fato paga o que o profissional merece receber. Se as expressões populares de maior sucesso como o pagode e o axé deixam a desejar, o que dizer do pop, rock e até do heavy metal?
É claro que existem excessões, mas, os músicos de uma maneira geral recebem mal e tem que se virar tocando em 3 ou 4 projetos paralelos para conseguir pagar suas contas.
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AI – Uma pergunta que sempre quis fazer: O baterista é o cara (Principalmente na musica baiana) que segura as pontas, por assim dizer. Não deveria ser ele o cara mais aplaudido e o que ganha mais grana? Pior que é ele quem fica lá atrás? (Perguntinha para descontrair)
TN - KKKKKKKKKKKKKKKKKKKK.
Na verdade o batera é "o cara" na maioria dos estilos. Aqui na Bahia temos bateristas incríveis, mas o que caracteriza a música popular baiana é a percussão. Por isso as bandas e artistas colocam os percussionistas no meio do palco, obviamente empurrando a bateria para o canto. Agora para ilustrar sua pergunta vou fazer outra, e deixo a resposta no ar. O que acontece se o baterista parar de tocar no meio do carnaval, puxando um bloco?
 
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AI – Falando sério. Muito se fala da falta de qualidade da música produzida nos dias de hoje, mas o músico, principalmente o que atua na Bahia, está em um grande nível técnico?
TN - Alguns. Em todos os lugares do mundo nós temos músicos bons e ruins. De modo geral, os músicos que tocam profissionalmente aqui na Bahia tem bom nível musical. O que acontece, às vezes, é que não rola uma adaptação dele dentro da banda. Pra me fazer entender, o bom músico não é só o bom profissional que toca pra caramba, ele tem que ser um bom companheiro, uma boa pessoa e principalmente ser responsável.
AI – Hoje você atua em Salvador, mas participou de várias produções em Itabuna e região, lembra alguma?
TN - Claro. Eu quando eu tinha 14 anos tocava com a Scrupulous (banda de metal da época), gravei com o Homenis Erect (projeto com Will Canalonga, Emerson Mozart e Carlos Shintomi),gravei com Sambarka, Fernando Caldas, Jan Costa, John Ferrary e muitos outros artistas. As últimas bandas que trabalhei antes de vir morar em Salvador foram: Farol Blues Band e Carbono 14.
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AI – Mesmo em Salvador você acompanha a cena artística de Itabuna?
TN - Menos do que gostaria. Tenho saudades da cidade, dos amigos que fiz aí e da minha família. Mas os compromissos profissionais não permitem que eu volte em itabuna todos os meses. Normalmente sei do que acontece na cidade (principalmente as novidades musicais) através dos amigos e dos blogs relacionados ao assunto. Artistas de itabuna é um deles.
AI – O que podemos melhorar e aprender com a capital para nos tornarmos um polo musical farto?
TN - Acredito que se tivessemos uma gravadora olhando pelos artistas independentes da cidade, a música regional seria muito mais rica. Grandes músicos e artistas que fazem um trabalho consistente (e por muitas vezes inovador) não tem espaço no mercado. Precisaríamos investir nesses talentos e aí sim a Bahia iria descobrir seu verdadeiro valor musical.
AI – Alguma coisa a acrescentar? Esteja à vontade...
TN - Apesar das dificudades de ser músico no Brasil, a música é algo que nos impregna e não conseguiríamos simplesmente nos afastar dela nem que quiséssemos. As experiências da profissão pela qual passamos, as amizades que fazemos, são coisas que levaremos pelo resto da vida. O principal é lembrar que o mais importante não é onde você quer chegar e sim o caminho que você percorre até lá.
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AI – Agradecimentos.
TN - Gostaria de agradeçer a todos os artistas e bandas onde toquei, a meu mestre Sabará(toca muuuuito), a minha família, minha esposa Grace, meus amigos queridos que tanto me ajudam, as empresas que Me patrocinam.Pearl (baterias),zildjian (pratos),Liverpool (baquetas),Power Click (monitores) e teto preto. e ao blog ARTISTAS DE ITABUNA pelo espaço aqui cedido. Grande abraço a todos e até a próxima.
 
 
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Estamos esperando por voce. entre em contato e participe do nosso blog, ele é de todos os artistas da região grapiúna.
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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

ENTREVISTA PINGO GRAPIÚNA…

Hoje vamos falar com o cantor, compositor, agitador cultural, Pingo Grapiúna.
Ele é dono de algumas pérolas da nossa canção grapiúna e hoje está em Portugal, mas de lá manda sempre o seu axé para todos nós.
Essas músicas fizeram parte das coletâneas Jupará 01 e Jupará 02

ALICE – PINGO GRAPIÚNA – CLIQUE AQUI

OÁSIS DO MAR – PINGO GRAPIÚNA – CLIQUE AQUI




"Eu sou a Energia Azul dentro da Viola de Bolso, faço arte Macuco, tenho o som do Lordão, a Phase musical da Mangabinha.
Sou a criação do Professor Afrânio Ferreira, filho de Bezinha e Jonas.
Olhado do alto da lua via o mundo com esperança e paz.
Sou os artistas das terras do sem fim, onde estou em mim.
Sou o sonho da periferia, a irreverência e motivo de alegria.
Sou som, sou sol, sou mar, só mata.
Sou Brasil, sou Bahia, sou Itabuna, pedra preta como Pingo Grapiúna."
(Pingo Grapiúna)

Vamos a um rápido bate-papo virtual com ele…



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AI – Você está longe de Itabuna, mas consegue acompanhar a vida artística da cidade e da região.


PG - Muito pouco, mas com esse blog vai ficar melhor. Já estou fazendo minha campanha pro Artistas de Itabuna. Ótima ideia.


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AI – Bons trabalhos você produziu aqui em Itabuna e tem um nome a zelar no meio artístico, espera voltar para cá um dia?



PG - Espero que sim. E gostaria de fazer muito barulho (no bom sentido). Junto com todos outros artistas que queiram contribuir com as ideias, de forma prática, porque só pensar e falar não muda nada.




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AI – Profissionalmente o que o fez trocar Itabuna por outro lugar?


PG - Minha vida sempre foi muito difícil como qualquer artista que tenta sobreviver nesta região, e na verdade não trocamos de lugar, só mudamos por uns tempos. Acabei de falar por telefone com Cláudio Kron, e mesmo com a projeção que ele tem hoje, não se valoriza nosso trabalho, não tem estruturas para receber seus projectos, que aliás já criou vários grupos, inclusive premiados em New York.
Aqui a gente também pena para viver, tive que trabalhar fora da música, hoje estou voltando a lutar pela arte.


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AI – Agora de longe, como é o nível técnico dos artistas grapiúnas na sua visão?


PG - De longe e de perto, sempre tivemos grandes profissionais na área artística, falta é organizarmos isso como marcado. Já sugeri que se faça uma comissão e promova feiras, shows, exposições, tudo isso com participação e contribuição dos artistas, rentabilizar essas atividades com esses mesmos artistas. A partir daí, criar respeito e cobrar também os órgãos públicos ligados a cultura, educação e turismo, isso é economia solidária.


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AI – Onde você está os meios de comunicação dão mais atenção ao produto local?


PG - Onde eu vivia é uma região voltada para o turismo exclusivamente (Algarve), e eu trabalhava em outras áreas, mas mesmo assim falei a pouco com o Diretor da Rádio Solar FM, e minhas músicas estão sendo sempre tocadas (Alice e Oásis de mar), mas agora moro nos Açores e estou recomeçando o projeto. Trabalho com pessoas portadoras de deficiência e alunos com dificuldades de aprendizagem e comportamento e devo começar a fazer um trabalho de animação no restaurante que está no meu Facebook, Aqua Emotion, marina de Angra do Heroísmo – Ilha Terceira, Açores.


AI – O que temos de novo de Pingo Grapiúna e o que teremos nos próximos anos?


PG - Minha música chamada Hani, em homenagem a minha filha que nasceu no Algarve, hoje mora na Suíça. Como já não quero fazer muitos planos, vou desenvolvendo meu trabalho dentro dos possíveis. É só aguardar e torcer por mim.


AI – Algo que não perguntei que queria responder?


PG - Que é possível melhorar o nosso quadro cultural, se todos derem um pouco de si. Há muita gente esperando por isso, organizar, contribuir, participar, mobilizar e verão que os resultados vão aparecer. O artista pode ganhar dinheiro com o sucesso de seu trabalho, e esse sucesso na nossa realidade precisa de unidade.


AI – Agradecimentos:
 
PG - A todos aqueles que torcem e cuidam de mim, a todos que encararem essa luta que pode estar começando, o que chamaria de Cupim Project, só depende de cada um de nós. Ao blog artistas de Itabuna, muito sucesso. E vamos à luta, vai encarar?
 
AI – Valeu por ter nos atendido e ter conversado com a gente.


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Você que também é artista, em qualquer área, entre em contato, queremos ver você por aqui.
artistasdeitabuna@gmail.com
artistasdeitabuna@hotmail.com
artistasdeitabuna@yahoo.com.br

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

ENTREVISTA ALOBÊNED

 

Hoje temos a satisfação de entrevistar uma das filhas mais ilustres da arte grapiúna.
Com vocês Alobêned.
Esta Baiana, Escorpiana nascida em Itabuna-Ba, começou sua carreira cedo influenciada pela família formada de músicos, 19 anos como cantora, representando a Bahia pelo Brasil e exterior ( Europa,Japão,Usa). Durante 11 anos foi cantora da Bamdamel, gravando 11 discos, sendo 8 de ouro e 6 de platina emplacando vários sucessos como: LE FUDEZ VOUZ, MEL NA SUA BOCA, TAGO MAGO, BATEU SAUDADE, LEVADA DE ROMANCE, FARAÓ, CRENÇA E FÉ, QUERO FAZER AMOR COM VOCE, LADEIRA DO PELÔ, COISA BOA, CARNAFOLIA, EM VOCE TUDO É LINDO,ETC...
Veja release completo em: CLIQUE AQUI

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AI - Sua família é de Itabuna, uma família de músicos (cite-os), mas você nasceu aqui e atuou artisticamente na cidade?
AT - Filha de Romilton Teles (cantor,compositor), Neide Prado (cantora), irmã de Marcionilio (cantor,compositor e musico), Nonato teles (cantor,compositor e musico), Denébola Maria (ex-cantora e hoje diretora de escola).
Nasci em Itabuna onde fui muito feliz, subi ao palco e cantei a primeira vez aos 8 anos de idade. Fui back vocal de Nonato Teles no Projeto Pixinguinha e na gravação do cd "VIVA O AMOR" em Recife-Pe. Fui cantora da banda Transe e Imaginação, locutora da antiga Musical Fm. Nos intervalos fazia Jazz, Balé clássico, ginastica Olímpica, ginastica Rítmica, handebol (CEI), modelo do grupo "Caras e Bocas"...

Não tinha sonhos nem planos de ser cantora-artista, gostava da brincadeira e dos sons que podia fazer com minha voz, gostava de ver cada instrumento se misturando com o coro da plateia.
Um dia meu irmão Marcionílio precisou de uma back na banda que ele cantava (Banda Pike) em Salvador e eu fui em 1988 com a autorização dos meus pais, pois eu era menor de idade. Fui destaque no carnaval em rádios e TVs e mesmo com a minha timidez consegui passar minha energia. Agradei e num desses shows a Banda mel me encontrou e a decisão de seguir com ela, foi minha.

AI - É evidente que o seu sucesso maior foi a banda Mel, mas o quanto este trabalho de apresentações em barzinhos forma o artista?
AT - Sim, realmente foram 11 anos cantando na Banda Mel, 1989 á 2000, mas eu nunca cantei em barzinhos profissionalmente, fui jogada no mundo musical sem ao menos saber como era ele e quando descobrir que era artista já estava em todos os programas de televisão e perseguida nos shoppings pela inocência de achar que ainda era aquela menina de Itabuna... Livre. Foi tudo rápido demais pra mim!

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AI - Hoje o artista de alto nível tem que ser além de artista, tem também que gerenciar sua carreira profissional. Isto é o que falta para muitos artistas escondidos no interior do estado?
AT - Você tem que saber como mandar alguém organizar sua casa não é?

Tenho parceiros no Brasil inteiro e no Exterior que juntos me ajudam a organizar minha agenda de shows, não tenho empresário, sou a ultima palavra em tudo de acordo com o que vai acontecer. Às vezes é uma loucura, minha cabeça roda, mas gosto dessa adrenalina. Além de cantora, faço a direção musical, cuido dos repertórios, componho, faço a produção geral (nada escapa dos meus olhos), tenho uma equipe maravilhosa que me ajuda e vibra junto comigo a cada conquista.




AI - Quais são as novidades da Alobêned?
AT - CARNAVAL 2011-Minas gerais e Tocantins (os 05 dias)
  Tour 2011 Brasil começando pelo Nordeste em Abril
  Tour 2011 Internacional em Maio e Junho (Portugal, Itália, Inglaterra, Israel)
  Gravação Cd ao vivo em agosto (local á confirmar).


AI - qual a relação da Alobêned com a cidade de Itabuna e região, artisticamente?
AT - Grandes shows, grandes carnavais, mais pouco em relação ao que eu queria realmente mostrar. Quero e ainda vou fazer um grande show com a participação de grandes artistas da região. Isto vai ser um presente pra mim e para minha terra querida.


AI - Alguma pergunta que eu deveria fazer e não fiz e você gostaria de responder?
AT - Na próxima entrevista eu deixo você abusar mais... rsrsrsr.


AI - Agradecimentos.
AT - Deixo beijos, abraços, cheiros e dengos á toda equipe do Blog Artistas de Itabuna que foram tão carinhosos comigo. À Itabuna deixo meu amor e a fidelidade de sempre. Amo tudo isso!


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Alobêned Airam
Contatos Shows e eventos:
aapslovemusic@hotmail.com
melevaproducoes@hotmail.com   71 9100 7333

MYS PACE  - www.myspace.com/alobened
TWITTER -  www.twitter.com/alobened
FACEBOOK- www.facebook.com/alobenedairam
BLOG- www.alobenedoficial.blogspot.com
ORKUT- ALOBENED I,II ,III,IIII


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Não temos mais nada a acrescentar, só a agradecer a esta incrível artista que saiu do seio grapiúna e hoje brilha nos palcos do mundo. De onde ela saiu com certeza teremos mais artistas deste naipe.
Valeu!


sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

ENTREVISTA: WALMIR DO CARMO

Quando houve a idéia de criar este blog (ainda em desenvolvimento), pensamos em abranger todas as artes e para isto bastaria que os artistas se dispusessem a participar do blog.
Um dos motivos que o blog não é assinado por nenhuma pessoa, é o sonho, quase ilusão, de que podemos nos organizar de tal forma que a população, os meios de comunicação e os patrocinadores respeitem a capacidade organizacional dos artistas.
ANTES DE CRITICARMOS A FALTA DE AJUDA À ARTE, PERCEBAMOS QUE NÃO NOS AJUDAMOS.
Como os patrocinadores poderão acreditar em um artista que não acredita em si e não se organiza?
Como podemos exigir organização dos mais carentes culturalmente se nós, hipoteticamente inteligentes (Com mais acesso à cultura), não nos organizamos?
O espaço aqui é aberto para participação, desde apresentação da sua arte, bem como: Críticas, sugestões, opiniões, etc.
“Discordar não é criar discórdia”.
“Não faça das paredes do teu cérebro os limites do mundo”.
Seguindo nosso intuito de mostrar a cara dos artistas da região grapiúna vamos entrevistar hoje um ser do bem e mais um guerreiro da dificil tarefa de fazer arte em uma sociedade carente de educação.
Deixemos que ele se apresente:
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Eu sou Walmir do Carmo, sempre gostei de militar com arte. No teatro eu tive o prazer
de ser aluno de Leonel Nunes, Kal Santos, Fernando Guerreiro, Márcio Meireles, Ramon Vane. Já dividi trabalhos com Ramon Vane, Zé Delmo, Geny Xavier, Jackson Costa, Eva Lima, Gal Macuco, Mark Wilson, Marcelo Augusto, Carlos Betão, Aldo Bastos, Sônia Amorim, Jaffet Ornelas, Jailton Alves e a minha grande musa Alba Cristina. Recentemente divido palco com o ator Lucas Oliveira com o trabalho Josefina-A Baiana Carioca, onde eu faço a Josefina e Lucas, o Bida. è um trabalho de humor e que tem sido muito contratado para empresas e eventos. O trabalho é adaptável para qualquer tema. Estou dirigindo Higiene Radical, um espetáculo sobre o lixo, texto de Ramon Vane e encenado pelos atores Aldenor Garcia, Marcelo Lobo, Malena Dória, Milena Dória e Walter Prado, onde eles fazem a Barata, o Rato, a Mosca, o Mosquito da dengue e Pulga. Eu amo este trabalho, pena que estamos parados por falta de apoiadores. No campo da literatura, tenho escrito alguns poemas e estou pensando em ter coragem para lançar um livro. Quanto às outras formas de movimento cultural, eu Fui o criador do Projeto Beleza Negra e da Queima de Judas. Ambos parados por circunstância que todos somos velhos conhecedores: patrocínios.
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AI – Considerando a sua vasta experiência no setor, como você analisa o estágio das artes cênicas na região?
- WC - Veja bem, quando se fala em Artes Cênicas, temos que levar em consideração o teatro, a ópera, a dança, o circo e a música. Como o próprio nome diz, Artes Cênicas também chamadas de artes performativas, são formas de arte que se desenvolvem num palco ou local de representações para um público.
Quando você pede para eu analisar o estágio das Artes Cênicas na região, eu fico meio perdido, pois a região é grande e cada lugar tem a sua realidade. Eu vou me ater à cidade de Itabuna, que é o torrão onde vivo.
As coisas por aqui acontecem, mas acontecem de uma forma meio que particular e individual. Assim tipo lei de murici: Cada um cuidando de si. Não existe uma política pública voltada para balançar o movimento cultural da cidade. Por mais esforços que façam, acaba sempre patrocinando um CD de alguém, um livro, um espetáculo. Acho que a política cultural tem que ter um fundo para a cultura, onde através de edital os artistas preparem seus projetos e assim sejam contemplados por mérito. Uma coisa muito grave por aqui é o público de Itabuna não ir ao teatro ver as produções locais. Quando um artista global aparece por aqui, mesmo que seja com trabalhos horríveis, a casa lota. É como se todo mundo que aparecesse na televisão em horários nobres com seus textos decorados e bem dirigidos, fosse realmente um bom ator. Quando se depara num teatro, de cara com um público, quebra a cara. Eu já fui ver alguns trabalhos de globais por aqui e deixei o teatro antes do espetáculo terminar.
É preciso que haja campanhas nos veículos de comunicação, dos órgãos que trabalham com cultura, estimulando as pessoas irem ao teatro ver as produções locais. É preciso fazer com que os santos de casa façam milagres.
AI – Sempre foi difícil desenvolver trabalhos artísticos na região, mas hoje o artista tem como buscar saídas para desenvolver a sua arte sem precisar do poder público?
WC – Acredito que sim. Algumas empresas de marcas nacionais investem muito em cultura, mas aqui na região ainda é muito difícil os empresários investirem em cultura. Quando alguém sai com um projeto para pedir patrocínio para uma peça de teatro, um espetáculo de dança ou outro qualquer, muitos não dão nada, muitas vezes nem atendem e os poucos que resolvem dar alguma coisa, dar R$ 10,00 (dez reais) e por aí vai.
Me lembro de uma vez quando eu estava começando o Projeto Queima de Judas me dirigi a um determinado estabelecimento comercial para pedir um patrocínio, mostrei o projeto e cidadão achou bonito. Foi lá gaveta pegou R$ 5,00 (cinco reais) colocou no bolso da minha camisa e disse: “aqui é para ajudar não precisa nem divulgar o meu nome”. Bem, não tinha que divulgar mesmo. Eu me senti recebendo uma esmola.
Outra vez eu peguei o Projeto Beleza Negra e fui a um grande estabelecimento comercial aqui da cidade para propor um autdoor do evento. A princípio, estava tudo certo para a quota de R$ 300,00 (trezentos reais). Quando descobriram que o evento era todo voltado para a cultura negra, pois era justamente na Semana da Consciência Negra, fiquei sabendo que o recurso não foi liberado porque não queriam atrelar a marca do empreendimento a um evento de negros. Mas assim, aos troncos e barrancos, os artistas de Itabuna são muito corajosos e fazem acontecer.
AI – Quais as saídas para a classe artística itabunense se tornar mais forte e poder ser uma voz atuante na vida social e politica da região?
WC – Acredito que é preciso criar um organismo onde congregue a classe artística. Não sei como seria isto. Já vi várias tentativas de criação de uma associação, mas nada foi pra frente. Existe um sindicato que fica em Salvador, já teve representação aqui, mas não vi nada de concreto também.
A classe precisa se organizar até mesmo para coibir abusos nas contratações. Quando um artista é contratado para fazer algum comercial querem pagar R$ 100,00 (cem reais) e tem gente que faz até por R$ 50,00 (cinqüenta reais). Um absurdo! Pois quando trazem alguém de fora, pagam passagem, hospedagem, alimentação, cachê digno. Acaba gastando muito mais do que contratar um artista local. É por isto que precisa haver uma organização da classe urgente.
AI – Vocês que embalam tantos sonhos do povo que acompanham suas artes, qual o sonho acalentado por estes artistas?
WC - Sonho de reconhecimento. Veja bem, quantos veículos de comunicação tem aqui? Quantas agências de publicidades tem aqui? Muitas, não é mesmo? Então, quantos artistas daqui você vê fazendo comerciais de TV, rádios, etc? Quantos artistas estão estampados em autdoor, jornais? Preferem que os donos das lojas, seus filhos, suas esposas façam o papel do artista que é uma coisa terminantemente proibida pelo sindicato da classe. Nada mais gratificante do que o artista ser reconhecido e valorizado
nas suas diversas forma de arte.
AI – Quais são os projetos que você desenvolve no momento e os que pensa em desenvolver?
WC - No momento eu estou encenando Josefina- A Baiana Carioca com o ator Lucas Oliveira que faz Bida e dirigindo a peça teatral Higiene Radical e tenho como projeto futuro lançar o livro que está em fase embrionária.
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AI – Alguma pergunta que não feita a ti que gostaria de responder?
WC – Não, estou satisfeito
AI - Agradecimentos:
WC – Agradeço ao BLOG por ter lembrado do meu nome para ser o entrevistado e parabenizo a todos pela bela iniciativa de criar uma ferramenta de comunicação voltada para a classe artística. Desejo sucesso a todos, obrigado!
 
 
AI – Agradecemos ao Walmir do Carmo e esperamos voce artista da região aqui no nosso blog, que em breve será um site, basta que voces nos ajudem apenas divulgando a si mesmos.
Axé a todos.
 
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