Afranio Nascimento, de Ibicaraí-BA, começou sua peregrinação musical em 1988 participando de festivais em algumas cidades da Bahia principalmente Una, Itabuna e Itamarajú, essa última vivendo por 10 anos até 1990, por lá existia um movimento cultural com apresentações de artistas regionais “...Nós éramos encantados pelas belas letras e melodias de Geraldo Azevedo, do nosso menestrel Elomar Figueira e os contos e causos de Saulo Laranjeira e Rolando Boldrin cantadores que enriqueciam nossa cultura musical”. Nesse período já participava de inúmeros projetos sociais filantrópicos, como: Rotary, Gapa, Apae.
Participou do Projeto Petrobrás de Música por 02 anos consecutivos na cidade de Canavieiras-BA e Projeto Toque Brasileiro da TV Santa Cruz em Itabuna-BA ao lado do amigo músico Hermano (Mano véio).
Em 1990 veio para Itabuna, daí nasceram boas amizades e parcerias que tem dado frutos até hoje.
Afirma o artista, seria cruel citar nomes nessa cidade - “fatalmente iria cometer o pecado de esquecer algum e jamais me perdoaria pois são tantos os bons artistas nessa cidade: cantores, atores, compositores, escultores, pintores, performistas, todos eles dando a nós bases e elementos para nossa livre arte de pensar enriquecendo nossos vocabulários, nossas fantasias, revelando ao mundo novas canções”.
Desde 2002 Afranio apresenta-se em Portugal e Espanha carreira solo e também na companhia de outros brasileiros.
Desenvolveu alguns projetos de banda com CD e DVD gravados em solo português. Continua dando sequência em alguns desses projetos acompanhando cantores e cantoras em alguns espetáculos, mas sem esquecer jamais as suas raízes que dão-lhe sustentação e equilíbrio.
Devido a ser um artista com formação em barzinho, ele pode usufruir de um repertório bem eclético galgando todos os patamares que a música brasileira pode oferecer e dentro desse contexto sente-se a vontade em executar qualquer estilo musical fazendo uso de fusões de timbres e ritmos.
Afranio é um músico autodidata com breve formação acadêmica e executa violão, guitarra, cavaquinho e teclado.
Discografia:
CD -Afranio Nascimento 2010 (Portugal)
CD e DVD - Feras do Forró 2009 (Portugal)
Faixas individuais:
A lavadeira e o rio (Baixe aqui)
Já nem sei (Baixe aqui)
Vem ser feliz (Baixe aqui)
Uma faixa no CD Banda Boy & Cia 2011 (Portugal)
Duas faixas no CD Vanessa Axé 2011 (Portugal)
Uma faixa no CD Rogerinho do Acordeon 2011 (Portugal)
Uma faixa no CD e DVD – Feras do Forró 2009 (Portugal)
Uma faixa no CD do 1º Festival de Música de Una 1995 (Brasil)
Festivais:
Finalista de festival da canção em Itamaraju-BA 1987 (Brasil)
Finalista de festival da canção em Una-BA 1995 (Brasil)
Email: afraniomusical@hotmail.com
Tel. movel: (0351 916423845) Portugal
AI – Você que faz parte de uma época que tinha festivais, seria esta, uma das razões da música estar estagnada em nossa região?
AN - Venho de uma época não muito distante em que ouvi e toquei muita cantoria (Elomar, Xangai, Geraldo Azevedo...etc.) tínhamos nossos
talentos regionais que não vale a pena citar nomes pois são tantos que sempre comentemos e pecado de esquecer algum.
Depois de 09 anos longe dessa terra e com uma visão mais alargada a nível nacional, não acredito em estagnação musical. Acho que os valores
estão ai em cada esquina a serem reconhecidos mais cedo ou mais tarde. O problema é que é muita gente boa fazendo muita música boa e poucos têm acesso à mídia ou vice-versa.
AI – Além do violão, qual outro instrumento te seduz?
AN - Tenho tocado teclado, guitarra e cavaquinho, mas violão sempre foi o eleito para as composições.
AI – O que mais determina a permanência do músico nesta vida dura de viver de arte: A paixão, a necessidade ou a arte por ela mesma?
AN - Acho que um pouco de cada coisa, mas a paixão é determinante, pois se não fizer com prazer é melhor mudar de profissão.
AI – O Brasil tem vários ritmos genuinamente brasileiros e outros tantos que adotamos como nosso. Qual dos ritmos que pode ser considerado a “Cara” do brasileiro?
AN - O Brasil era visto como terra do samba e do futebol, mas isso está mudando. Sinto que está havendo mudanças no diálogo das pessoas pois as opiniões e comentários já divergem muito e graças que é para melhor. O Brasil sempre soube fazer boa música e o exemplo hoje vem de artistas como Paula Fernandes e Maria Gadú para não ter que citar uma infinidade de novos talentos que brotam a cada momento.
AI – O uso da tecnologia facilitou a proliferação de artistas ou de pessoas fazendo música, isto quer dizer que a qualidade se perdeu ou tem-se que garimpar mais para conseguir extrair tal qualidade?
AN - Facilitou bastante, mas isso é muito relativo cada qual com seu gosto musical, empresário não busca poesia, a conta bancária sabe bem. Temos que garimpar sim, mas sempre somos surpreendidos.
AI – A ida de artistas de nossa região para centros maiores tipo: Capital baiana (Salvador) mostra que ainda não podemos tê-los por aqui. O que falta para sermos um polo forte de arte?
AN - Por mais que aja apoio cultural ao artista regional sempre vai haver está migração, é natural. Antigamente falava-se em RJ e SP, hoje temos
outras capitais produzindo grandes nomes. Eu considero o Sul da Bahia um polo de arte forte inclusive bastante respeitado, posso afirmar isso pois cá na Europa conheço músicos de vários lugares do Brasil e há respeito e reverência quando se fala em artistas da nossa região.
AI – Artisticamente, a sua ida para o exterior foi para encontrar novos rumos ou foi uma “Fuga para a vitória”?
AN - Sai de Itabuna em 2002, o Brasil atravessava uma situação critica e estávamos com um presidente recém-eleito ao qual eu não sabia ao certo
o futuro que aguardava, aliado a isso havia uma necessidade de sair, respirar novos ares e conhecer novas culturas. Ainda bem que o país melhorou, rsrs... É sinal que já tá hora de voltar. Rsrs
AI – O que tem ai na Europa que você não encontraria no Brasil, artisticamente falando?
AN - Sinceramente?! Acho que nada. A diferença é que quando um país é pequeno há uma maior facilidade e acesso as boas coisas, ainda mais quando não se tem o oceano pra separar.
AI – O que podemos aprender com a carreira de Afrânio para repassar para os que começam agora?
AN - Todos os dias eu aprendo alguma coisa mesmo com os que estão começando. Mas acho que determinação e humildade está na ponta do iceberg.
AI – Conte-nos sobre seus projetos artísticos atuais e futuros?
AN - Nesse momento estou compondo e produzindo bastante. Estou envolvido com alguns projetos com bandas, tocando com alguns artistas brasileiros. Quanto ao futuro entrego ao Papai do céu.
AI – Algo que queira acrescentar a este bate papo virtual, esteja à vontade.
AN - Só queria acrescentar que: Uma carreira não se constrói de uma noite para o dia, pisando nos outros atravessando ou passando por cima. Cada pessoa deve tirar o melhor proveito do talento que recebeu, somos uma constelação e cada estrela brilhando a sua medida.
AI – Agradecimentos.
AN - Agradeço ao espaço que me foi concedido através do convite do amigo Walmir do Carmo, agradeço aos amigos, aos colegas músicos e aos artistas em geral. A todas essas pessoas que nos dão incentivo e apoio para levar nossa arte a todos os lados.
Um abraço,
Afranio
Visite: http://palcomp3.com/afranio
Obrigado
3 comentários:
Como é bom saber deste incrivel sesr humano, que cultuo no meu rol de amizades.
Um fortissimo abraço querido amigo.
Espero que realmente seu retorno seja breve, saudades.
Oi Alberto! pois é, a idéia é essa, rsrs ... forte abraço meu amigo.
É muita gente boa nesse mundo. Sucesso Meu rei.
CIDADÃO SHOW
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